J. Herbert Nelson II descreveu a ocupação de Palestina/Israel como a escravidão do século 21.
Como parte de uma declaração divulgada em homenagem ao Dia de Martin Luther King Jr., o líder da igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, J. Herbert Nelson II, sugeriu que a ocupação israelense dos territórios disputados com palestinos era comparável à escravidão.
O secretário da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana (EUA) foi alvo de críticas de grupos judeus quando declarou que a “ocupação contínua na Palestina/Israel é a escravidão do século 21 e deve ser abolida imediatamente”. Nelson ainda pediu à comunidade judaica nos Estados Unidos para se juntar ao governo dos EUA para acabar com a escravidão imoral”.
Após ser acusado de antissemitismo, ele divulgou uma declaração defendendo suas observações originais. Segundo a declaração de Nelson, ninguém que seja informado sobre o uso do poder militar e do preconceito racial para controlar a vida dos cidadãos palestinos pode honestamente evitar a verdade desta situação.
“Fiz referência especial às injustiças atualmente sofridas pelo povo palestino sob domínio israelense, marcado pelo confisco de terras ricas que cultivam há gerações, destruição de suas plantações, barreiras para acessar seus locais sagrados de adoração, falta de acesso a certos tipos de emprego e outras formas de oportunidade econômica”, disse.
Ele ainda citou que para as pessoas da igreja presbiteriana, essas realidades tornam imperativo que como presbiterianos, eles encontrem maneiras de ter a conversa necessária com judeus sobre a verdadeira tragédia da luta Palestina/Israel.
Nelson afirmou que sua denominação tem uma longa e clara política de aversão ao antissemitismo, mas disse que também precisam estar ligados à recusa em dar a Israel um ‘passe’ diante das injustiças feitas aos palestinos em Israel-Palestina.
De acordo com The Christian Post, o reverendo alega que a base de sua declaração foi uma política promulgada na 221ª Assembleia Geral do PC (EUA) em 2014 pedindo direitos iguais para todos os habitantes de Israel e Palestina.
Entre os críticos das observações anteriores de Nelson está o Conselho Judaico para Assuntos Públicos. A organização disse em um comunicado que estava consternada e classificou a avaliação do prelado da política externa israelense como “perigosa e falsa”.