A fala de um influenciador de internet, conhecido como “Monark”, com mais de três milhões de seguidores apenas no YouTube, acabou gerando repercussão e reação de organizações.
Durante um dos episódios do podcast Flow, ele proferiu opiniões que foram interpretadas como apologia ao nazismo, quando entrevistavam os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).
“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”, disse ele no Flow Podcast.
Em resposta, a deputada Tabata Amaral disse que “a liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco”. Mas o influenciador insistiu na tese de que a visão nazista poderia ser encarada como uma perspectiva político-ideológica.
“As pessoas têm o direito de ser idiotas. A questão é: se o cara quiser ser um ‘antijudeu’, eu acho que ele tinha o direito de ser […] Ele não está sendo antivida. Ele não gosta dos ideais [judaicos]”, declarou Monark.
Em resposta, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) condenou a fala de Monark, lembrando que o nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera “inferiores”.
“O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera ‘inferiores’. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio, no coração da Europa, que matou 6 milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias”, diz a nota da Conib.