O novo filme de animação Lightyear, voltado ao público infantil, está sendo enaltecido por críticos de cinema como um troféu da militância LGBT para doutrinação infantil. A cena de um beijo lésbico gerou o banimento do filme em 14 países.
O filme da Pixar, uma empresa do Grupo Disney, não obteve autorização para exibir o filme em 14 países da Ásia e Oriente Médio, devido à cena em que duas personagens femininas se beijam.
De acordo com informações da Reuters, menções à homossexualidade são consideradas crimes em alguns países do Oriente Médio, um reflexo da maioria muçulmana nesses locais.
A China também deve proibir a exibição do filme no país, assim como o Catar, país de maioria e tradições muçulmanas, que sediará a próxima Copa do Mundo e já alertou sobre manifestações LGBT nos estádios.
No Brasil, a resenha sobre o filme publicada pelo portal Omelete traz uma exaltação da cena do beijo lésbico, assim como da decisão da produtora do longa-metragem, Galyn Susman, em manter a cena: “Não vamos cortar nada”.
“A Pixar manter a cena em todas as versões de seu maior lançamento nos cinemas em 2022 — aceitando a perda de mercado em países que abraçam institucionalmente a homofobia — é um inquestionável sinal de progresso”, escreveu o crítico de cinema Eduardo Pereira.
A exaltação da iniciativa de doutrinação infantil na agenda LGBT continua no artigo, que destaca que os filmes do universo Toy Story colecionam “icônicos casais em seu crescente rol de personagens […] todos heterossexuais”.“Pessoas LGBTQIAP+ só passaram a existir em 2020? Não, mas sim porque foi só nesse ano que a Pixar teve coragem para apresentar em um de seus filmes um personagem que abertamente sentisse atração pelo mesmo gênero”, queixou-se Pereira.
O crítico de cinema aprofunda sua queixa, em seguida, ao reprovar a decisão do estúdio de não abordar a agenda LGBT em outros dois filmes: “Se Luca (2021) não versou oficialmente sobre nada além de amizade entre dois garotos, e Red – Crescer é uma Fera (2022) não teve espaço para abordar isso em seu recorte geracional sobre mães e filhas, restou a Lightyear o peso de realmente marcar um progresso”.
Uma vez escancarada a exigência da militância LGBT de inserir sexualidade e progressismo em todas as produções mainstream, o crítico diz que “o relacionamento amoroso entre duas mulheres [é] uma ferramenta essencial para que toda sua história funcione”, indicando que todo o roteiro foi construído com o propósito de estabelecer o beijo lésbico como o ápice do filme.
“A inclusão de Alisha não se trata de uma instrumentalização vazia”, comemorou o crítico entusiasta do progressismo.
“Ao escolher conferir essa função ao amor entre duas mulheres, a Pixar conscientemente convida o espectador a partilhar da mesma visão que move Buzz; automaticamente fazendo com que se considere a beleza, a dignidade e o valor (inestimável) de um relacionamento que foge ao que é considerado tradicional”, finalizou, reiterando que todo o filme é uma obra de doutrinação.