Ed René Kivitz causou controvérsia durante sua pregação na Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. De acordo com o site Pleno News, o pastor disse que a bíblia precisa passar por uma atualização urgente, para que LGBTs não sejam mais condenados ao inferno.
Segundo Kivitz, a bíblia deve propagar os diferentes tipos de amor pelo mundo. “[A Bíblia é] um livro que precisa ser relido, ressignificado, para que os princípios de vida que esse livro encerra, e que essa revelação encerra, saltem dessas páginas promovendo libertação e justiça e relações de amor no nosso mundo“, afirmou o pastor.
O pastor ainda defendeu a atualização da bíblia para a aceitação da homossexualidade como forma natural. “Se queremos ser cartas para o novo mundo, se a Igreja quer ser carta para o novo mundo, nós vamos precisar atualizar a Escritura e vamos ter de fazer essa atualização e ter essa coragem de enfrentar os pecados de gênero“, disse.
Por fim, Kivitz disse que gays não podem ser condenados ao inferno, por conta de um erro de interpretação que ficou no passado da humanidade. “dois ou três textos bíblicos que não foram atualizados. Nós vamos ter de ter coragem de enfrentar isso“, explicou o pastor.
E agora em plena campanha eleitoral, o posicionamento de lideranças cristãs em relação às pautas discutidas pelos candidatos a cargos políticos é uma forma de balizar a opinião pública. Entre esses nomes está o pastor Ed René Kivitz, que numa entrevista recente defendeu a obrigatoriedade de um cristão “ser de esquerda”.
Cristão de esquerda
Tentando dissociar o pensamento de esquerda da sua essência totalitária, algo marcante em todos os regimes socialistas/comunistas que já existiram e ainda existem no mundo, o pastor Ed René Kivitz buscou destacar o que considera aspectos positivos do esquerdismo.
“Aborto é uma questão de saúde pública”, afirmou o pastor, ecoando o mesmo argumento dos defensores da prática, logo após argumentar que, por causa das questões morais atreladas a temas como esse, a esquerda teria sido demonizada por parte da maioria do cristãos.
“Agora, quando você trata a esquerda da perspectiva duma corrente ideológica que abarca o apoio dos direitos humanos, a busca duma sociedade mais igualitária, a promoção da justiça social – promovida não apenas pelas lógicas meritocráticas do Mercado, mas também pela atuação dos governos -, e o auxílio aos pobres, eu diria (nesse sentido) que não só é possível um cristão ser de esquerda, como é uma obrigação um cristão ser de esquerda”, conclui Kivitz.