A Organização das Nações Unidas está sendo acusada por seu posicionamento parcial e por ocultar nações que violam os direitos humanos.
A Assembleia Geral da ONU foi criticada por condenar somente Israel em 15 resoluções. O Estado judeu parece ter sido o alvo da organização em 2022. Na votação, todos os demais países da lista somaram um total de 13 resoluções. Confira aqui a lista divulgada pela ONU:
Coreia do Norte — 1
Venezuela — 0
Mianmar — 1
Líbano — 0
Paquistão — 0
Hamas — 0
Argélia — 0
Turquia — 0
Rússia — 6
China — 0
Catar — 0
Arábia Saudita — 0
Israel — 15
Síria — 1
Iraque — 0
Irã — 1
EUA — 1
O Conselho de Direitos Humanos da ONU já foi apontado por seu “viés anti-Israel obsessivo”, pelo embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan.
Já faz algum tempo que ele vem alertando sobre as condenações desproporcionais a Israel quanto às violações do direito humanitário internacional e todas as alegadas violações e abusos da lei internacional de direitos humanos.
“É um absurdo que de um total de 28 resoluções da Assembleia Geral da ONU que criticam os países este ano, mais da metade esteja focada em uma única nação — Israel”, disse Hillel Neuer, diretor executivo da UN Watch, uma organização que monitora a ONU, com sede em Genebra, na Suíça.
“Não se engane, o objetivo desses textos distorcidos não é promover os direitos humanos, mas demonizar o Estado judeu”, ele alertou.
Hamas é citado ‘entre as nações’ sem nenhuma acusação
É possível verificar que a ONU se preocupou com o mandato do “Comitê para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino”, de 25 nações, que produz relatórios parciais que examinam apenas Israel, fechando os olhos para o terrorismo do Hamas e outros grupos palestinos.
É o único comitê de direitos humanos da Assembléia Geral dedicado a uma única causa. Aliás, vale ressaltar que o Hamas foi incluído na lista da ONU e está entre as ‘nações’ analisadas.
“Por que não existe um comitê da ONU de 25 nações dedicado a violações grosseiras e sistemáticas dos direitos humanos pelos regimes do Irã, China ou Rússia?” questionou oportunamente Neuer.
“Depois que o regime sírio matou meio milhão de seu próprio povo, como a ONU pode pedir que mais pessoas sejam entregues ao governo de Assad, mesmo fechando os olhos para o aumento militar agressivo do Irã na área, incluindo os terroristas do Hezbollah?”, perguntou ao dizer que o texto da ONU é “moralmente irritante e logicamente absurdo”.
‘Relatório unilateral distorcido e antissemita’
Neuer continua seus questionamentos e aponta para certas injustiças que coloca a ONU como parcial: “Por exemplo, embora uma das resoluções inclua uma cláusula preambular com uma condenação indireta e genérica de foguetes disparados contra israelenses, nenhum dos textos faz qualquer condenação explícita da Jihad Islâmica por ter bombardeado civis israelenses com mais de 1.100 foguetes, disparados de Gaza em um período de três dias, mesmo que cada míssil disparado represente um crime de guerra sob o direito internacional”.
“A maioria automática da ONU não tem interesse em proteger os direitos humanos de ninguém. O objetivo dessas condenações rituais e unilaterais é fazer de Israel o bode expiatório”, continuou.
Em 2021, Gilad Erdan chegou a rasgar o relatório de direitos humanos durante uma reunião da ONU.
“Desde o estabelecimento do conselho há 15 anos, a organização decidiu culpar e condenar Israel não 10 vezes como o Irã ou 35 vezes como a Síria. O Conselho de Direitos Humanos atacou Israel com 95 resoluções. Em comparação com 142 contra todos os outros países combinados”, disse na ocasião.
“Foi este palco que o próprio direito do povo judeu, de ter um lar nacional, foi declarado racista. Uma decisão que foi justamente anulada. E isso é exatamente o que deve ser feito com este relatório unilateral distorcido e antissemita”, disse ao concluir que o único lugar do relatório era “na lata de lixo do antissemitismo”.