O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Hjalmar Ed Kristersson, disse na quinta-feira (27) que está preocupado com uma nova onda de pedidos para queimar livros sagrados no país.
Ele comentou que a polícia recebeu vários pedidos de permissão para a queima de textos religiosos, na próxima semana.
Em seus primeiros comentários públicos desde o início da “crise do Alcorão”, Kristersson disse que os laços de Estocolmo com as nações muçulmanas foram severamente prejudicados.
Depois da queima do Alcorão, o ativista muçulmano Ahmad Alush, disse que recebeu permissão para queimar uma Bíblia do lado de fora da embaixada israelense, na Suécia.
Mas, o muçulmano disse que não tinha real intenção de queimar um livro religioso, apenas chamar a atenção para a necessidade de se “respeitar todas as religiões”.
“Ninguém deveria fazer isso”, disse ele ao se mostrar muito incomodado com a queima do Alcorão. “Quero mostrar que a liberdade de expressão tem limites que devem ser levados em conta”, comentou na ocasião.
Suécia tenta se defender
“É a polícia que toma essas decisões, não eu. Se as autorizações forem concedidas, enfrentaremos vários dias com o risco óbvio de coisas sérias acontecerem”, disse Kristersson conforme o Religion News.
Recentemente, ocorreu uma série de profanações públicas do Alcorão por um punhado de ativistas anti-islâmicos na Suécia. E, mais recentemente, na vizinha Dinamarca, houve manifestações furiosas em países muçulmanos.
A Suécia não tem uma lei que proíba especificamente a queima ou profanação da Bíblia, do Alcorão ou de outros textos religiosos. O direito de realizar manifestações públicas é valorizado e protegido pela Constituição sueca.
A polícia geralmente dá permissão com base na crença de que uma reunião pública pode ser realizada sem grandes interrupções ou riscos à segurança pública.